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ABRAPFE – BREVE HISTÓRICO 

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Muito recentemente, no contexto da Psicologia brasileira, mais particularmente a partir do ano de 2009, que se discute a necessidade de se organizar pesquisadores e interessados em Fenomenologia, mesmo que as relações entre Psicologia e Fenomenologia, no Brasil, remontem aos anos 1940 (Nota 1), envolvendo nomes da Filosofia e da Psicologia (Nota 2). Assim, um grupo de pesquisadores nacionais e internacionais tematizaram a importância e a necessidade de consagrar uma área específica da Psicologia como “Fenomenológica”; organizando, em torno dessa reflexão, o amplo conjunto de perspectivas associadas a este adjetivo. 

Essas intenções foram convergindo em novas discussões, coincidindo com um incremento na presença de pesquisadores em Programas de Pós-Graduação que, por consequência, redundou em novas parcerias de pesquisa e interesses diversificados; até que, no ano de 2011, essa discussão foi ampliada, por ocasião do II Congresso Sul-Brasileiro de Fenomenologia (Curitiba, UFPR); tomando forma numa reunião na cidade do Rio de Janeiro, em 2012, por ocasião da realização do I Congresso Luso-Brasileiro de Práticas Clínicas Fenomenológico-Existenciais, na UERJ.  

Ali, e naquele momento, foram gestados dois projetos: 1) a criação de um Grupo de Trabalho para a ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia), cujo tema se centraria sobre as relações entre “Psicologia & Fenomenologia”; e, 2) a construção de um primeiro Estatuto para a futura Associação. 

O primeiro projeto teve sua formalização em 2014, com a criação do Grupo de Trabalho “Psicologia & Fenomenologia”, tendo sua primeira reunião no XV Simpósio da ANPEPP (Bento Gonçalves, RS), e segunda reunião durante o Simpósio seguinte, em 2016 (Maceió, AL) (Nota 3). 

Já o segundo projeto conheceu sucessivos percalços – notadamente devido à excessiva burocratização cartorial em nosso país – e as dificuldades foram se acumulando, a ponto de termos trocado três vezes de cidade-sede, com a intenção de agilizar os procedimentos. Mesmo assim, o projeto foi ficando à deriva, acumulando taxas e documentos, até que, a partir de 2018, essas dificuldades foram gradualmente diminuindo e o projeto foi reavivado. 

O Estatuto preliminar original foi atualizado e simplificado (uma das razões pela demora no acolhimento cartorial foi a construção dos cargos relativos à diretoria, e a mudanças na Legislação), sempre buscando manter os mesmos encabeçadores do projeto original e, finalmente, por ocasião da realização do mais recente Simpósio da ANPEPP, em 2018 (Brasília, DF), o mesmo foi retomado, formalizado e encaminhado. 

Assim, no dia 17 de julho de 2018, como ponto de pauta da reunião de um novo GT relacionado – intitulado “Fenomenologia, Saúde e Processos Psicológicos”, agora fazendo coro e parceria ao GT anterior, igualmente ativo – deliberou-se por recriar a ABRAPFE, com a eleição da primeira Diretoria (provisória, para fins de estruturação definitiva) encabeçada pelos proponentes originais desde a primeira discussão (ver 1a. Diretoria Provisória). 

​A principal motivação para a constituição desta Associação deriva do incremento no número de pesquisadores na área, bem como de eventos nacionais e internacionais, do aumento da demanda por debates, da ampliação da produção na área e, finalmente, da consolidação do pensamento fenomenológico na Psicologia brasileira, com a constituição – atualmente – de dois Grupos de Trabalho (“Fenomenologia, Saúde e Processos Psicológicos” e “Psicologia & Fenomenologia”) ativos na ANPEPP, sem esquecer parcerias as mais diversas, como com o GT de Fenomenologia da ANPOF. 

Diante disto, apresentamos a todos, o que esperamos ser a realização de um projeto antigo, e ainda não totalmente efetivado, e que reúna os pesquisadores em Psicologia e Fenomenologia de nosso país e do exterior, na direção de um debate profícuo, aberto, produtivo intenso e rico. Esperamos poder construir uma grande rede de interlocução de pesquisadores, docentes e interessados em Fenomenologia, em toda a amplidão do seu espectro, o mais próximo possível do projeto husserliano de uma “filosofia como ciência de rigor” e de um pensamento aberto. 

​Estão todas e todos convidados e convocados a participar! 

 

Notas 

(1) Holanda, A. F. (2016). Fenomenologia e Psicologia no Brasil: aspectos históricos. Estudos de Psicologia (Campinas), 33(3), 383-394. https://dx.doi.org/10.1590/1982-02752016000300002

(2) Campos, N. (1945). O Método fenomenológico na Psicologia (Tese de Concurso apresentada à Cátedra não-publicada). Universidade do Brasil, Rio de Janeiro. Cerqueira, L. A. (2002). Filosofia brasileira. Ontogênese da consciência de si. Petrópolis: Vozes. Guimarães, A. C. (2000). O pensamento fenomenológico no Brasil. Revista Brasileira de Filosofia, 50(198), 258-267. 

(3) Na última reunião da ANPEPP, em 2018, em Brasília, este grupo participou com nova configuração, e passou a ser acompanhado de um novo GT, intitulado “Fenomenologia, Saúde e Processos Psicológicos”. 

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